terça-feira, 16 de novembro de 2010

Panorama Mercados

Na Ásia as bolsas iniciaram a semana em queda, exceção para a Austrália, Malásia e Taiwan. Os papéis do setor exportador tiveram bom desempenho após os EUA divulgar alta nas vendas do comércio varejista, surpreendendo as expectativas. Nos demais mercados o viés foi de baixa, com os investidores preocupados com elevação de juros na região e assim evitar a aceleração da inflação.
Na China as bolsas registraram perdas expressivas, variação de -4,0%, com o investidor mantendo a cautela ante os riscos de maior contração monetária. A queda do preço das commodities também afetou o desempenho do mercado acionário. Algumas reportagens comentando que alguns bancos haviam suspendido os empréstimos elevou a aversão ao risco. No Japão a queda foi limitada pela recuperação do setor exportador. Desvalorização do iene e crescimento acima do esperado das vendas do setor varejista nos EUA contribuíram para a alta do setor. O índice Nikkei 225 caiu -0,31%.
Na Coréia do Sul a taxa de juros subiu de 2,25% para 2,50%, contrariando as expectativas dos analistas de manutenção. Assim como a Austrália, que no início do mês elevou os juros de 4,50% para 4,75%, surpreendendo os investidores, a Coréia do Sul toma a mesma medida a fim de evitar uma aceleração da inflação.
A FGV divulgou a 2ª semana do IPC-S, variação de 0,72%, resultado acima da mediana das expectativas, mostrando aceleração ante a prévia anterior, destaque para a alta do grupo alimentação, vestuários e transportes. Às 11h00 tem o saldo semanal da balança comercial.
Nos EUA teremos às 11h30 o PPI – índice de preços ao produtor, registrando em outubro taxas mais elevadas se comparado com o mês anterior, variação de 0,8% e 4,6% do índice cheio mensal e anual respectivamente. Às 12h00 tem pesquisa sobre a entrada líquida de capital estrangeiro de longo prazo e 12h15 tem o desempenho da produção industrial de outubro, expectativa de recuperação passando de -0,2% para 0,3%.
A preocupação com a Irlanda e Portugal, e uma eventual ajuda financeira do FMI, segue afetando o desempenho das bolsas na região. A valorização do dólar impõe viés de baixa no preço das commodities, derrubando os papéis de mineração e petrolíferas. Já a preocupação com os títulos soberanos de algumas economias desvaloriza o setor financeiro.
O petróleo opera em queda esta manhã, abaixo dos US$85,00, com o investidor reagindo a eventuais novas medidas de desaquecimento de economias asiáticas e impacto negativo sobre a demanda.
Os metais também registram perdas, destaque para a valorização do dólar, desacelerando nos últimos dias a alta das commodities. Cobre e ouro operam em baixa.
Na zona do euro as licenças de carros novos recuou -16,6% em outubro, registrando desde abr/10 variação negativa. O CPI veio em linha com as expectativas, variação de 0,4% e 1,9% nas pesquisas mensal e anual. Já a pesquisa ZEW sobre a confiança do mercado na economia surpreendeu, passando de 1.8 para 13.8 pts em novembro, melhor desempenho desde ago/10, puxado pela recuperação do índice na Alemanha, alta de 1.8 contra queda de -7.2 pts no mês anterior. Na Itália o CPI veio em linha, variação mensal de 0,2%. No Reino Unido a mesma pesquisa subiu em outubro, passando de 0,0% para alta de 0,3%.
O resultado do ZEW teve pouco impacto sobre a bolsa, que segue operando em baixa, reflexo da maior aversão ao risco. Nos EUA os futuros também operam em queda, aguardando os indicadores do dia.

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