A Bovespa oscilou em uma margem estreita até o início desta tarde, tendo variado apenas cerca de 0,50% entre a pontuação máxima e a mínima do dia, mas sempre defendendo o patamar dos 72 mil pontos, embora com um volume financeiro modesto. As ações de bancos e de empresas voltadas à construção civil e ao consumo doméstico caem, ao passo que os papéis das companhias brasileiras exportadoras de commodities avançam, deixando, assim, o Ibovespa de lado, sem uma direção definida. No exterior, a agenda econômica
esvaziada do dia incita uma ligeira realização de lucros, mas os investidores se revestem de cautela e ficam na defensiva, à espera dos fatos programados até o fim da semana.
Às 14 horas, o Ibovespa operava com modesta variação positiva de 0,03%, aos 72.625 pontos, depois de ter oscilando entre uma pontuação máxima aos 72.705 pontos (+0,14%) e uma mínima aos 72.336 pontos (-0,37%). O volume financeiro negociado no momento totalizava quase R$ 2 bilhões, com projeção de giro ao redor de R$ 5,5 bilhões até o fim da jornada. No mesmo horário, em Nova York, o índice Dow Jones recuava 0,57% e o S&P 500
tinha baixa de 0,49% - lembrando que a partir de hoje, o pregão em Wall Street passa a funcionar das 12h30 às 19 horas (de Brasília).
Segundo analistas, os investidores se deparam com uma semana que tende a ser mais morna, após os eventos que marcaram a "Super Semana" e, com isso, a tendência é que os negócios caminhem em uma marcha mais lenta, à espera de novidades no front econômico.
"A semana deve ser de cautela e muita volatilidade nos negócios, com chances de os índices acionários devolverem parte da esticada recente, que os colocou de volta aos níveis de 2008", comenta o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista, lembrando que são poucos os indicadores sobre a economia dos EUA que estão programados para o
período. Para os especialistas, os holofotes estão voltados para o encontro de cúpula do G-20, na Coreia do Sul, que começa na quinta-feira. E, até lá, poucos eventos devem agitar os negócios. A exceção fica com a China, que publica números de primeira grandeza sobre sua economia a partir de quarta-feira.
Enquanto esperam os números chineses e as discussões entre os líderes dos países que representam as 20 maiores economias do mundo, as empresas brasileiras exportadoras de matérias-primas recuperam fôlego hoje, depois de terem sido as responsáveis pelo descolamento, para baixo, do desempenho da Bolsa em relação ao sinal observado em Nova York na última sexta-feira.
As blue chips Petrobras e Vale eram responsáveis por boa parte do giro negociado na Bolsa, ao passo que as commodities negociadas no exterior sofriam para firmar uma direção única. Às 13h40, as ações ON e PN da estatal petrolífera tinham alta de 0,83% e 0,73%, respectivamente, enquanto os papéis ON e PNA da mineradora avançavam 0,93%, cada.
Mas eram as siderúrgicas que apareciam entre os destaques de maiores altas do Ibovespa, neste horário. Usiminas ON ganhava 2,65%, seguida de perto por Gerdau Metalúrgica PN, com +2,55%, e por Gerdau PN, com +2,41%. Usiminas PNA vinha na sequência, com alta de 2,11%, enquanto CSN ON tinha leve baixa de 0,10%.
Hoje, a Anfavea informou que foram produzidos 321,8 mil veículos em outubro, o que representa uma alta de 5,5% em relação a setembro. No mês passado, as vendas de veículos no mercado brasileiro somaram 303,2 mil unidades, registrando baixa de 1,3%, na mesma base de comparação. Para especialistas, os dados sobre o setor automobilístico podem estar contribuído para estimular os ganhos das empresas ligadas à indústria do aço hoje.
Também na lista das companhias que exibiam ganhos robustos, antes das 14 horas, estavam as units do banco Santander (+1,22%), AmBev PN (+1,12%) e Pão de Açúcar PNB (+1,10%).
Porém, os papéis mais ligados ao mercado interno, como construtoras, redes varejistas e bancos, registravam queda, com os investidores embolsando parte dos ganhos recentes. Às 13h50, entre os destaques de maiores baixas do Ibovespa estavam GOL PN (-1,73%), PDG Realty ON (-1,88%), units da ALL (-1,57%) e MRV ON (-1,57%). Mas as perdas eram lideradas por TIM ON (-1,88%). Entre os papéis do setor financeiro, Itaú Unibanco PN caía
0,23% e Banco do Brasil ON cedia 1,41%, enquanto Bradesco PN tinha alta de 0,24%.
Entre as companhias que anunciaram balanço desde a noite de sexta-feira e aqueles que divulgam seus números trimestrais após o fechamento do pregão, às 14 horas, LLX ON caía 1,80%, EcoRodovias ON cedia 0,93% e Souza Cruz ON subia 0,48%. A companhia de logística do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, publica no fim do dia seu balanço sobre o terceiro trimestre, enquanto a fabricante de cigarros reagia em alta à queda de 10% no
lucro líquido acumulado nos nove primeiros meses deste ano, para R$ 1,108 bilhão. Já a empresa de concessões rodoviárias teve um aumento de 191% no lucro do trimestre passado, para R$ 70,811 milhões.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
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