Dados revelados ontem pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basileia, na Suíça, indicam que os bancos internacionais têm US$ 236 bilhões em créditos concedidos à Grécia nos últimos anos.
As instituições comprometidas esperam que as obrigações sejam honradas por bancos, empresas e governo gregos.
Segundo o relatório do BIS, bancos europeus são os mais expostos: US$ 188 bilhões. A Grécia tem uma dívida com os bancos franceses de US$ 74 bilhões; alemães, US$ 45 bilhões; Reino Unido, US$ 15 bilhões: americanos, US$ 16 bilhões.
As estatísticas demonstraram uma exposição importante de bancos europeus à Grécia, o que explica o nervosismo do mercado em relação à capacidade de o país pagar sua dívida.
Se no BIS o temor é de que o contágio se torne uma realidade, na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o alerta é que essa contaminação já está ocorrendo. "Não é uma questão do perigo ou não de uma contaminação. O contágio já ocorreu", afirmou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. "É como o ebola. Quando você percebe, você tem de cortar a perna para sobreviver."
Exposição menor. No Brasil, dados do BIS apontam que a exposição das instituições financeiras brasileiras nos mercados da Grécia, Portugal e Espanha supera a marca de US$ 2,5 bilhões.
No fim de 2009, a maior exposição dos bancos no Brasil está no mercado espanhol, com créditos e empréstimos no valor de US$ 1,4 bilhão.
A Espanha é considerada entre os três países como o que menos preocupa.
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