terça-feira, 13 de abril de 2010

Pão de Açúcar vê ações recuarem 5% após confirmar revisão de fusão

Em comunicado divulgado, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR5) confirmou os rumores de que a Casas Bahia quer rever o contrato firmado em dezembro para a fusão das duas empresas.
"CBD e Globex consideram que o Acordo de Associação celebrado é válido e perfeitamente eficaz, tendo se manifestado no sentido de continuar em discussões com vistas a um entendimento", fala o Pão de Açúcar em declaração oficial.
Com isso, as ações do Pão de Açúcar despencam na BM&F Bovespa nesta terça-feira (13), já no início do pregão. A surpresa quanto às dificuldades encontradas na fusão não foram bem recebidas e os papéis PCAR5 caíam 4,67% por volta de 10h40, com a cotação de R$ 59,20.
O volume de negociação ultrapassa R$ 177,42 milhões, com 819 negócios realizados. A cotação mínima atingida foi de R$ 58,80,queda superior a 5%.
O mercado iniciou o dia com rumores de que a maior fusão de varejistas do Brasil poderia ser desfeita. Notícias de jornais brasileiros mostravam que a fusão do Grupo Pão de Açúcar com a Casas Bahia passa por problemas para se consolidar.
O acordo assinado entre os presidentes de ambas as empresas em dezembro de 2009 está ameaçado devido a pontos como governança e estrutura de comando, que foram deixados para ser discutidos nos meses subsequentes à assinatura.
Segundo os rumores, a família Klein, dona das Casas Bahia, estaria insatisfeita com a união de sua rede com o grupo Pão de Açúcar e ameaçava desfazer o acordo.
Desapontamentos
O jornal O Estado de São Paulo divulgou ainda que na última segunda-feira (12), as lideranças das duas empresas ficaram reunidas por horas na sede da Casas Bahia em São Caetano (SP) em busca de um acordo sobre os pontos pendentes.
Durante a reunião, a família Klein teria proposta o rompimento da fusão, mas depois voltaram atrás e se dispuseram a conversar melhor sobre o assunto antes de tomar uma decisão.
O problema principal se encontra na resistência por parte do Grupo Pão de Açúcar de aceitar a renegociação de algumas cláusulas do acordo, isso desde o início do ano, segundo fontes ligadas ao acordo ouvidas pelo jornal.
Com a união das duas empresas, eles se tornaram o maior grupo varejista do Brasil, com faturamento anual de R$ 40 bilhões e produtos que vão desde alimentos à eletroeletrônicos.
O acordo previa que a Casas Bahia se tornasse sócia de uma nova empresa de móveis e eletroeletrônicos que abrange também o Extra Eletro e o Ponto Frio. A nova companhia teria 1.015 lojas espalhadas pelo Brasil, assim como 67 centros de distribuição e um faturamento de R$ 18,5 bilhões por ano.

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