Em dez anos, os países que formam o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) dobraram sua participação no comércio internacional e mudaram o mapa dos fluxos de bens no mundo. No ano 2000, os quatro países representavam 7,2% das exportações. Hoje, ocupam quase 15% do comércio internacional. Mas a disparidade entre os membros do grupo também aumentou, especialmente diante da expansão da China.
Os dados são da Organização Mundial do Comércio (OMC), e revelam que em 2000 o bloco exportava o equivalente a US$ 451 bilhões, menos que as exportações do Japão. A China já era a maior, com vendas de US$ 249 bilhões, seguida pelos russos com US$ 105 bilhões, brasileiros com US$ 55 bilhões e indianos com US$ 42 bilhões. Juntos, representavam pouco mais de 7% de tudo o que se exportava, em um cenário dominado por Estados Unidos e Alemanha entre os maiores vendedores do mundo.
Dez anos depois, o mapa é diferente. A China aderiu à OMC, a Rússia passou a concentrar suas exportações em gás e petróleo e as vendas do Brasil e da Índia tiveram certo avanço. No total, o bloco exportou em 2009 mais de US$ 1,8 trilhão, quase quatro vezes o volume de dez anos atrás.
Grande parte da expansão ocorreu graças à China, que no ano passado ultrapassou a Alemanha e os Estados Unidos para tornar-se a maior exportadora. O volume chegou a US$ 1,2 trilhão. Depois de representar 3,9% das exportações em 2000, passou a abocanhar quase 10% do comércio mundial.
Disparidade. Mas a expansão dos países do Bric no comércio internacional também foi acompanhada por uma maior disparidade no próprio bloco. O Brasil, em 2000, exportava 20% do volume de vendas da China. Hoje, vende menos de 10%. A mesma distância entre Índia e China acabou ocorrendo. No que se refere ao comércio russo, o país triplicou suas vendas em dez anos. Mas hoje representa exportações equivalentes a 25% de tudo o que a China exporta.
No caso brasileiro, a expansão em valores foi significativa, passando de US$ 55 bilhões para US$ 153 bilhões em 2009. Mas, proporcionalmente ao restante do cenário internacional, a expansão foi tímida. Em 2000, o Brasil representava 0,9% do comércio mundial, saltando para 1,2% no ano passado.
Em 2009, o Brasil caiu duas posições no ranking da OMC, passando da 22.ª posição para a 24.ª. A queda no preço das commodities afetou a renda gerada pelas exportações de forma mais intensa que outras economias.
Crescimento
7,2 % era a participação dos Brics no comércio mundial em 2000
15 % é a participação atualmente
US$ 451 bilhões foi exportado pelo bloco em 2000
US$ 1,8 trilhão foi exportado pelo bloco em 2009
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