A Libéria está em negociação com a Vale sobre uma possível concessão para exploração de minério de ferro no país e espera fazer um anúncio em breve, disse a comissão de investimentos nesta quinta-feira.
Se a negociação avançar, segundo o presidente da comissão de investimento, Richard Tolbert, será o sexto maior acordo de produção de minério de ferro fechado com uma empresa estrangeira nos últimos cinco anos, somando-se a 10 bilhões de dólares já acertados nesse período.
O acordo destaca os esforços que o país tem feito para restaurar a sua estabilidade e atrair investidores interessados nas vastas reservas de minério de ferro de um país que permaneceu em um estado de guerra quase permanente entre 1989 e 2003.
"Como resultado da visita do nosso presidente ao Brasil (neste mês), poderemos ter a primeira mineradora do mundo aqui", disse Tolbert em entrevista na capital liberiana.
"Não vou entrar em detalhes mas estou bastante contente em ver a (Vale) chegar. Haverá um anúncio em breve."
A China Union fechou uma concessão de minério de ferro no início do ano passado. Uma delegação de autoridades chinesas liderada pelo vice-ministro do Comércio Fu Ziying deve abrir oficialmente o projeto Bong nesta quinta-feira.
Esse projeto deve custar 2,6 bilhões de dólares, o maior investimento estrangeiro no país desde a guerra.
Em janeiro, o empresário israelense Jacob Engel tornou-se o mais recente estrangeiro a investir em depósitos de minério de ferro liberianos, garantindo uma licença de 25 anos para minas com reservas de 1,1 bilhão de toneladas de minério de ferro.
"Somos bastante cuidadosos em não dar todos os nossos recursos para qualquer investidor ou país", disse Tolbert. "Dá para ver isso na diversidade de nossas concessões de mineração".
A Vale está de olho nos depósitos de minério de ferro da África conforme a recuperação econômica amplia a demanda por aço, e uma delegação da empresa se reuniu com o presidente do Gabão, Ali Bongo, neste mês.
A ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo, e a mineradora BHP Billiton também têm grandes concessões na Libéria.
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