quinta-feira, 15 de abril de 2010

Bolsa quer lançar bônus para pagar investimento

A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBovespa) irá buscar recursos no mercado financeiro para bancar o investimento no aumento de capital do CME Group de 1,8% para 5%, anunciado em fevereiro. Segundo Edemir Pinto, diretor-presidente da BM&FBovespa, o plano é emitir bônus no exterior referente a 100% do valor da operação.
Com o negócio, a bolsa brasileira se comprometeu a investir US$ 620 milhões, elevando sua parcela no capital da maior bolsa do mundo para US$ 1 bilhão. O acordo prevê que cada uma das bolsas tenha um membro participando do conselho de administração da outra. Além disso, determina a busca de novos negócios internacionais. E o investimento de US$ 175 milhões em uma nova plataforma de negociação.
Edemir afirmou hoje que a emissão dos cerca de US$ 620 milhões deverá ser em moeda estrangeira. “Vamos submeter os planos à assembléia geral ordinária (AGO) da Bolsa, na terça-feira, dia 21. Se aprovado, iniciaremos as negociações com os bancos para concretizar a operação”, disse.
O CME Group é uma holding que controla a Chicago Mercantile Exchange (CME), a New York Mercantile Exchange (Nymex), a Chicago Board of Trade (CBOT) e a Commodity Exchange (Comex). Pelo acordo entre as duas Bolsas, será desenvolvida uma nova plataforma eletrônica de negociação de derivativos, ações, renda fixa e outros ativos transacionados em bolsa ou em balcão.
Na época do anúncio, em 12 de fevereiro, Edemir chegou a afirmar que a emissão de títulos de dívida era uma das hipóteses estudadas para fazer frente ao investimento no capital da CME. Disse, também, que outra opção seria quitar o valor com recursos do próprio caixa, já que a Bolsa gera um caixa líquido de cerca de R$ 1 bilhão por ano.

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