terça-feira, 6 de abril de 2010

Alta do aço impacta inflação no segundo semestre, diz consultoria

Uma mudança no preço do aço a partir deste mês teria a maior parte do seu impacto sobre a inflação no varejo concentrada neste ano, especialmente no segundo semestre.
A conclusão é de análise feita pela consultoria LCA a respeito da disputa que envolveu, nesta semana, a mineradora brasileira Vale, sua concorrente australiana BHP, siderúrgicas chinesas, brasileiras e europeias.
A elevação do valor do minério de ferro pela Vale resultará em forte pressão no preço do aço e, consequentemente, nos produtos que usam o material.
O modelo calculado pela LCA aponta que "o impacto de mudanças no preço do aço sobre o IPA industrial se dissipa após sete meses, com um impacto máximo no quarto mês. Já o impacto do IPA industrial sobre o IPCA livre se dissipa após nove meses".
O minério de ferro é a matéria-prima principal do aço, usado numa grande variedade de itens, de carros e eletrodomésticos a brinquedos.
O modelo estimado pela LCA sugere que "o impacto direto de um reajuste de 20% no preço do aço sobre o IPCA seria de cerca de 0,13 ponto percentual". O impacto total -direto e indireto- alcançaria cerca de 0,26 ponto percentual.
Um reajuste de 100% no minério de ferro, no entanto, não significaria acréscimo de 0,26 ponto percentual às projeções para a inflação dos preços livres em 2010. Isso porque os analistas já vinha esperando elevação de 15% a 30% no preço do insumo, diz a consultoria.
A LCA destaca ainda que um reajuste do minério também acarreta implicações sobre a cotação cambial doméstica, por meio de melhora substancial do saldo da balança comercial, de até US$ 9 bilhões em 2010.

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