terça-feira, 6 de abril de 2010

É cedo para falar em tendência de alta

Depois de três meses no vai não vai, a bolsa abriu o segundo trimestre esbanjando vitalidade. Não só superou a barreira dos 71 mil pontos, como fechou no maior nível desde 5 de junho de 2008. A nova pontuação do Ibovespa - de 71.136 pontos, com alta de 1,09% na quinta-feira - deu margem para o otimismo, é verdade, mas ainda não dá para dizer que há uma tendência de alta. Nem sob o ângulo da análise técnica, nem do ponto de vista dos fundamentalistas
Os grafistas reconhecem que o índice rompeu resistências importantes, mas ele ainda não convenceu. "O rompimento foi parcial, não é possível dizer que o Ibovespa finalmente deixou de vez a pasmaceira de lado", afirma Marcelo Coutinho, sócio da YouTrade, empresa de cursos de análise técnica. Em entrevista ao editor-assistente Antonio Perez, Coutinho explica que o Ibovespa rompeu a resistência de curto prazo de 70.490 pontos e outra de longo prazo, de 71.104 pontos, mas não conseguiu se manter durante todo o pregão de quinta-feira acima dos 71.104 pontos.
A hipótese de a bolsa devolver parte da alta de sexta-feira hoje não está descartada, alerta Coutinho. Mas se o Ibovespa se mantiver acima dos 71.104 pontos durante todo o pregão, aí sim a porta estará aberta para uma escalada até os 75 mil pontos, mostram os gráficos. Será?
Há quem defenda que a alta de março teve a ver com uma recuperação das commodities, em especial do minério de ferro, graças às perspectivas cada vez mais favoráveis para o reajuste da commodity. E que, na quinta-feira, o que se viu foi uma reação - diga-se de passagem nas bolsas do mundo todo - aos dados positivos da atividade manufatureira na China. "Se a bolsa chegar nos 73 mil, 74 mil pontos, vamos ver um fluxo de venda forte", acredita o chefe da área comercial da Link Investimentos, Adriano Yamamoto.

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