Conselheiro econômico dos EUA acredita em consistência na criação de empregos

O ex-secretário do Tesouro e atual conselheiro econômico da Casa Branca, Lawrence Summers, acredita que a criação de empregos deve se acelerar nos Estados Unidos, enquanto o Congresso deve aprovar a reforma do sistema financeiro.
Em entrevista à rede ABC neste domingo (4), Summers fala que a taxa de criação de emprego em março e manutenção da taxa de desemprego em 9,7% são sinais de que os passos tomados pela administração de Obama estão surtindo efeito sobre a economia.
“Nós estamos em um momento bem diferente de um ano atrás, quando estávamos perdendo 600 mil empregos por mês; agora o processo de criação de empregos começou”, afirmou Summers, comentando o registro de criação de 162 mil empregos em março.
Em linha
No mesmo sentido, o ex-diretor do Federal Reserve, Alan Greenspan também reiterou no domingo que os números de emprego estão tornando as pessoas mais confiantes com relação à recuperação econômica.
“Há um momento de melhora que está apenas no começo e que deve demorar um pouco para deslanchar”, falou em entrevista à rede ABC. “O momento está claramente lá, duvido que vamos sair deste momento antes do final do ano”, acrescentou.
Reformas
Para Lawrence Summers, além da criação de novos postos de trabalho – em especial vindos da iniciativa privada – o Congresso dos EUA também deve aprovar em breve o projeto de lei que visa reformular as normas do sistema financeiro do país.
De acordo com declaração feita no domingo, a aprovação das medidas comandadas pelo diretor do Comitê Bancário do Senado, Christopher Dodd, não será fácil. Porém, o conselheiro se mostra confiante com relação à obtenção da maioria dos votos necessários na votação.
A proposta de Dodd seria a criação de um conselho de reguladores que ficaria responsável pela supervisão das instituições financeiras, principalmente no que confere a tomada de risco. Além disso, o conselho também ficaria responsável por liquidar instituições com problemas financeiros, acompanhar o mercado de derivativos e tomar medidas necessárias para prevenir uma nova crise financeira.